História da Praia do Forte

Conheça um pouco sobre a história da Praia do Forte, no município de Mata de São João, no Litoral Norte da Bahia, e veja o quanto esse paraíso esconde histórias fascinantes. Muito além das paisagens deslumbrantes e da natureza exuberante, a vila guarda memórias que remontam ao século XVI, desde os tempos do Brasil Colônia.

Origens e Evolução: De aldeia de pescadores à vila turística

A origem da Praia do Forte está diretamente ligada a uma antiga aldeia de pescadores, que surgiu em meio à Costa dos Coqueiros. Tudo começou com a construção de uma fortaleza por Garcia D’Ávila, em 1551. Essa estrutura, que inicialmente tinha o propósito de proteger e armazenar produtos vindos do mar, acabou se tornando um ponto de referência e desenvolvimento para a região.

Foi ao redor dessa fortaleza que várias famílias começaram a se estabelecer, dedicando-se à pesca artesanal, à navegação e ao cultivo de coqueiros – uma herança dos colonizadores portugueses. Com o passar dos anos, essa pequena comunidade se transformou em um dos destinos turísticos mais procurados do Brasil.

Castelo Garcia D’Ávila: O marco histórico da Praia do Forte

Ao visitar a região, fiz questão de conhecer o imponente Castelo Garcia D’Ávila, também chamado de Casa da Torre. Erguido em 1551, ele é considerado a primeira construção militar e residencial de grande porte no Brasil, além de ser único nas Américas com características medievais.

Tombado como patrimônio histórico nacional em 1938, o castelo é um símbolo da colonização e da expansão portuguesa. Suas ruínas estão abertas à visitação e proporcionam uma vista inesquecível do mar. A parte mais antiga e preservada do complexo é a Capela de São Pedro dos Rates, que ainda guarda traços originais da época.

Renovação e Preservação: O Parque Histórico Garcia D’Ávila

Embora tenha sido abandonado em 1835, o castelo foi resgatado na década de 1980 através de obras de preservação que deram origem ao Parque Histórico Garcia D’Ávila. O espaço conta com um museu arqueológico, onde estão expostos artefatos como louças portuguesas, objetos indígenas e outras relíquias encontradas nas escavações.

Caminhar por esse parque é como voltar no tempo. É uma experiência educativa, muito valorizada por estudantes, pesquisadores e, claro, turistas apaixonados por história como eu.

Capela de São Francisco de Assis: Fé à beira-mar

Outro ponto que me encantou foi a charmosa Capela de São Francisco de Assis, construída por pescadores em 1900, de frente para a praia do Porto. Restaurada com carinho, ela é hoje um dos locais mais procurados para casamentos e celebrações especiais.

Seu interior abriga imagens de São Francisco de Assis, São Benedito e Nossa Senhora da Conceição. Nas paredes, estão obras do artista baiano Carlos Bastos, que retratam a via sacra com um toque único e regional.

Conclusão

Conhecer a história da Praia do Forte é mergulhar em um passado de resistência, fé e transformação. De uma vila de pescadores a um dos destinos mais desejados do turismo baiano, essa região une patrimônio histórico, belezas naturais e hospitalidade local como poucos lugares conseguem fazer.

Se você está planejando sua viagem para o litoral norte da Bahia, não deixe de explorar esse lado histórico da Praia do Forte. A experiência vai muito além do banho de mar — é um encontro com as raízes do nosso país.

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